Cadernos do Desenvolvimento é uma publicação científica quadrimestral, do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, destinada a divulgar artigos que tenham como foco o tema do desenvolvimento em suas diferentes dimensões (econômica, política, social, institucional, histórica, territorial, cultural, ambiental, jurídica, no plano das relações internacionais etc.), em sintonia com as preocupações registradas na obra e na trajetória de Celso Furtado. A revista possui fluxo contínuo para recepção dos artigos, que após a submissão são remetidos a pareceristas externos no sistema double-blinded-review.
e-ISSN: 2447-7532 | ISSN: 1809-8606 | Ano de criação: 2006 - impresso, 2009 - eletrônico | Área do conhecimento: Economia | Qualis: A3 (2017-2020)
Próximas edições:
n. 34 (jan.-abr. 2023) - Tema Livre - Fluxo contínuo.
n. 35 (maio-ago. 2023) - “O futuro dos bancos públicos e de desenvolvimento no Brasil”
Orgs.: Norberto Montani Martins e Fernanda Feil
Chamada: maio-ago. 2023
Publicação: Dez. 2023
n. 36 (set.-dez. 2023) - “Rumos e obstáculos das políticas territoriais, regionais e urbanas no Brasil: o estado da arte e as alternativas para a redução das desigualdades socioespaciais”
Orgs.: Rafael Gumiero, Simone Affonso da Silva e Lisandra Pereira Lamoso
Chamada: set.-nov. 2023
Publicação: Mar. 2024
n. 37 (jan.-abr. 2024) - “Políticas de emprego e desenvolvimento”
Orgs.: Tiago Oliveira, Fernando Mattos e Marcelo Proni
Chamada: nov. 2023-jan. 2024.
Publicação: Mar. 2024.
n. 38 (maio-ago. 2024) - “A Constituição Federal de 1988: origens, trajetória e perspectiva nos seus trinta e cinco anos”
Orgs.: Andrei Koerner, Mariele Troiano e Ozias Paese Neves
Chamada: dez. 2023-fev. 2024
Publicação: Maio 2024
n. 39 (set.-dez. 2024) - “Capitalismo de plataformas, regulação e desenvolvimento”
Orgs.: César Ricardo Bolaño, Helena Martins Barreto e Jonas Valente
Chamada: mar.-maio 2024
Publicação: Set. 2024
n. 40 (jan.-abr. 2025) - “Democracia, desenvolvimento e sua articulação na história do pensamento econômico, político e social brasileiro”
Orgs.: Carla Curty e Jaime León
Chamada: abr.-set. 2024
Publicação: Jan. 2025
Notícias
Chamada Aberta | Dossiê “Políticas de emprego e desenvolvimento” |
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Em meio às transformações do capitalismo no final do século XX, a adoção do neoliberalismo na maioria dos países desenvolvidos atacou a institucionalidade responsável pela proteção social ao trabalhador. O predomínio da racionalidade econômica no desenho e execução de políticas públicas alterou o escopo e reduziu a abrangência das políticas de emprego clássicas, a exemplo do seguro- desemprego. Mais recentemente, a estratégia europeia para o emprego focou em mecanismos que ajudam os trabalhadores a obterem um emprego, reduzindo o período em que o amparo público fica à disposição dos desempregados. Assim, buscou-se compatibilizar a flexibilização das normas que regulam as relações de trabalho com a preservação de um nível básico de segurança social. Nas periferias capitalistas, a emulação da institucionalidade de proteção ao trabalhador consagrada no capitalismo avançado se defrontou com enormes obstáculos, que tolheram o seu alcance e a sua efetividade, com destaque para a enorme heterogeneidade da estrutura produtiva e o excedente estrutural de mão de obra. Em ambientes marcados por desemprego estrutural, baixos salários, desigualdades imensas, informalidade generalizada e elevada rotatividade no emprego, a eficácia das políticas de emprego de inspiração neoliberal é muito reduzida. Para além da ameaça de tornar cada vez mais redundante a força de trabalho, fenômenos como a economia de plataformas, a indústria 4.0 e o teletrabalho turvaram as fronteiras entre atividade e inatividade, essenciais para a operacionalização das políticas públicas de emprego e para a regulação social do mercado de trabalho herdada do século XX. Outro fenômeno relevante foi o acelerado processo de integração das mulheres no mercado de trabalho e o questionamento da tradicional divisão sexual do trabalho doméstico. Além disso, a política econômica neoliberal produziu regimes de crescimento econômico menos dinâmicos e mais voláteis, dificultando o combate ao desemprego e à informalidade, tanto nas periferias capitalistas como no capitalismo avançado. Desse modo, a baixa eficácia das políticas de emprego contribui para a reprodução de diversas dimensões de desigualdades econômicas e sociais e é determinante para a forma como se molda um padrão de desenvolvimento econômico, que pode ser socialmente inclusivo ou excludente. O presente dossiê recepcionará artigos que dialoguem com os temas acima tratados em perspectiva nacional, regional ou internacional. Pretende-se também estimular artigos que contemplem o diálogo entre diferentes abordagens teóricas e explicitem a complexidade das questões tratadas, tais como os desafios colocados para as políticas de emprego em razão das novas formas de trabalho e das diversas formas de manifestação de desigualdades no mundo do trabalho. Organizadores: Tiago Oliveira. Assessor da Secretaria de Proteção ao Trabalhador do Ministério do Trabalho. Doutor e Mestre em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas. Fernando Augusto Mansor de Mattos. Professor Associado da Universidade Federal Fluminense, faculdade de Economia e Professor Visitante do Programa de Pós-graduação em Ciência Política. Doutor e Mestrae em Economia pela Universidade Estadual de Campinas. Marcelo Weishaupt Proni. Professor Titular da Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia. Livre Docente em Economia do Trabalho pela Universidade Estadual de Campinas. Doutor em Educação Física, Mestre em Ciências Econômicas e graduado em Economia pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é editor da Revista Brasileira de Economia Social e do Trabalho (RBEST) e Coordenador Associado do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPP/UNICAMP). Chamada: 1º de novembro 2023 a 31 de janeiro de 2024. Publicação: março de 2024. Submissões e diretrizes: http://www.cadernosdodesenvolvimento.org.br/ojs-2.4.8/index.php/cdes/about/submissions#onlineSubmissions Os Cadernos do Desenvolvimento também aceitam contribuições em fluxo contínuo, tema livre, para as seções de artigos livres e resenhas. |
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Publicado: 2023-11-06 | Mais... |
Chamada Aberta | Dossiê “Políticas de emprego e desenvolvimento” |
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Em meio às transformações do capitalismo no final do século XX, a adoção do neoliberalismo na maioria dos países desenvolvidos atacou a institucionalidade responsável pela proteção social ao trabalhador. O predomínio da racionalidade econômica no desenho e execução de políticas públicas alterou o escopo e reduziu a abrangência das políticas de emprego clássicas, a exemplo do seguro- desemprego. Mais recentemente, a estratégia europeia para o emprego focou em mecanismos que ajudam os trabalhadores a obterem um emprego, reduzindo o período em que o amparo público fica à disposição dos desempregados. Assim, buscou-se compatibilizar a flexibilização das normas que regulam as relações de trabalho com a preservação de um nível básico de segurança social. Nas periferias capitalistas, a emulação da institucionalidade de proteção ao trabalhador consagrada no capitalismo avançado se defrontou com enormes obstáculos, que tolheram o seu alcance e a sua efetividade, com destaque para a enorme heterogeneidade da estrutura produtiva e o excedente estrutural de mão de obra. Em ambientes marcados por desemprego estrutural, baixos salários, desigualdades imensas, informalidade generalizada e elevada rotatividade no emprego, a eficácia das políticas de emprego de inspiração neoliberal é muito reduzida. Para além da ameaça de tornar cada vez mais redundante a força de trabalho, fenômenos como a economia de plataformas, a indústria 4.0 e o teletrabalho turvaram as fronteiras entre atividade e inatividade, essenciais para a operacionalização das políticas públicas de emprego e para a regulação social do mercado de trabalho herdada do século XX. Outro fenômeno relevante foi o acelerado processo de integração das mulheres no mercado de trabalho e o questionamento da tradicional divisão sexual do trabalho doméstico. Além disso, a política econômica neoliberal produziu regimes de crescimento econômico menos dinâmicos e mais voláteis, dificultando o combate ao desemprego e à informalidade, tanto nas periferias capitalistas como no capitalismo avançado. Desse modo, a baixa eficácia das políticas de emprego contribui para a reprodução de diversas dimensões de desigualdades econômicas e sociais e é determinante para a forma como se molda um padrão de desenvolvimento econômico, que pode ser socialmente inclusivo ou excludente. O presente dossiê recepcionará artigos que dialoguem com os temas acima tratados em perspectiva nacional, regional ou internacional. Pretende-se também estimular artigos que contemplem o diálogo entre diferentes abordagens teóricas e explicitem a complexidade das questões tratadas, tais como os desafios colocados para as políticas de emprego em razão das novas formas de trabalho e das diversas formas de manifestação de desigualdades no mundo do trabalho. Organizadores: Tiago Oliveira. Assessor da Secretaria de Proteção ao Trabalhador do Ministério do Trabalho. Doutor e Mestre em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas. Fernando Augusto Mansor de Mattos. Professor Associado da Universidade Federal Fluminense, faculdade de Economia e Professor Visitante do Programa de Pós-graduação em Ciência Política. Doutor e Mestrae em Economia pela Universidade Estadual de Campinas. Marcelo Weishaupt Proni. Professor Titular da Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia. Livre Docente em Economia do Trabalho pela Universidade Estadual de Campinas. Doutor em Educação Física, Mestre em Ciências Econômicas e graduado em Economia pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é editor da Revista Brasileira de Economia Social e do Trabalho (RBEST) e Coordenador Associado do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPP/UNICAMP). Chamada: 1º de novembro 2023 a 31 de janeiro de 2024. Publicação: março de 2024. Submissões e diretrizes: http://www.cadernosdodesenvolvimento.org.br/ojs-2.4.8/index.php/cdes/about/submissions#onlineSubmissions Os Cadernos do Desenvolvimento também aceitam contribuições em fluxo contínuo, tema livre, para as seções de artigos livres e resenhas. |
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Publicado: 2023-11-06 | Mais... |
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