Cadernos do Desenvolvimento é uma publicação científica quadrimestral, do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, destinada a divulgar artigos que tenham como foco o tema do desenvolvimento em suas diferentes dimensões (econômica, política, social, institucional, histórica, territorial, cultural, ambiental, jurídica, no plano das relações internacionais etc.), em sintonia com as preocupações registradas na obra e na trajetória de Celso Furtado. A revista possui fluxo contínuo para recepção dos artigos, que após a submissão são remetidos a pareceristas externos no sistema double-blinded-review.
e-ISSN: 2447-7532 | ISSN: 1809-8606 | Ano de criação: 2006 - impresso, 2009 - eletrônico | Área do conhecimento: Economia | Qualis: A3 (2017-2020)
Próximas edições:
n. 37 (jan.-abr. 2024) - “Políticas de emprego e desenvolvimento”
Orgs.: Tiago Oliveira, Fernando Mattos e Marcelo Proni
Chamada: até 31/01/2024.
Publicação: Outubro de 2024.
n. 38 (maio-ago. 2024) - “A Constituição Federal de 1988: origens, trajetória e perspectiva nos seus trinta e cinco anos”
Orgs.: Andrei Koerner, Mariele Troiano e Ozias Paese Neves
Chamada: até 31/05/2024
Publicação: Novembro de 2024.
n. 39 (set.-dez. 2024) - “Capitalismo de plataformas, regulação e desenvolvimento”
Orgs.: César Ricardo Bolaño, Helena Martins Barreto e Jonas Valente
Chamada: até 31/07/2024
Publicação: Dezembro de 2024.
n. 40 (jan.-abr. 2025) - “Democracia, desenvolvimento e sua articulação na história do pensamento econômico, político e social brasileiro”
Orgs.: Carla Curty e Jaime León
Chamada: até 31/10/2024
Publicação: Janeiro de 2025.
Notícias
Chamada Aberta | Dossiê "Democracia, desenvolvimento e sua articulação na história do pensamento econômico, político e social brasileiro" |
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Em uma sociedade e economia de capitalismo periférico e dependente, com passado escravocrata e colonial, como a brasileira, as questões da democracia e do desenvolvimento ainda são historicamente pontos centrais das questões políticas, sociais, econômicas e culturais e focos de análise de nomes significativos da nossa história de pensamento desde o século 20. O desenvolvimento autônomo e autopropelido ainda é um dilema de nossa sociedade e de nossa economia. A democracia, seus dilemas e suas crises ainda são feridas abertas e não cicatrizadas em nossa história. Desenvolvimento e democracia são dois dos pontos centrais do pensamento moderno, mas para compreendê-los em nossa sociedade e economia de maneira ampla e articulada é necessário mergulhar nas especificidades destes elementos no Brasil. Se, de forma generalista, definirmos democracia substantiva como a efetiva participação da maioria da população nas instâncias decisórias da vida social e com pleno usufruto da vida econômica, política e cultural do país: como uma sociedade destacadamente desigual, de passado colonial e escravocrata, marcada pelo racismo institucional e estrutural, inserida de maneira dependente e periférica no cenário econômico e político mundial pode ser democrática ou pode se desenvolver de maneiras sustentáveis? Ainda mais, qual a relação entre democracia e desenvolvimento na formação econômico-social brasileira? Como estes elementos se relacionaram ao longo de nossa história? Como nossos e nossas intelectuais (orgânicos ou não), dos mais variados matizes teóricos e ideológicos interpretaram estas relações ao longo da história do pensamento brasileiro? Dada a quadra histórica em que vivemos no Brasil, após décadas de implementação e avanço do neoliberalismo, marcado pela perda de direitos da classe trabalhadora, redução do papel social do Estado, pelo desmonte de políticas públicas para o desenvolvimento, pelo agravamento do genocídio da população negra como política de Estado, de privatizações, de ampliação da financeirização e mercantilização da vida e da economia, de liberalização comercial, produtiva e financeira, da condução das políticas econômicas marcadas pela austeridade macroeconômica. E dado o atual cenário de ampliação e ascensão da extrema direita fascista, autoritária, antidemocrática, xenofóbica, liberal, altamente conservadora, antiecológica anti direitos dos grupos sociais oprimidos (mulheres, negros, quilombolas, indígenas, LGBTQIA+ etc.), inclusive em articulação com movimentos e grupos internacionais. Torna-se imperativo refletirmos melhor sobre as questões do desenvolvimento, da democracia e de seus dilemas no Brasil. Para isto, resgatar o que já foi produzido de interpretação, análise e perspectivas sobre estes temas na história do pensamento brasileiro pode nos ajudar a compreender melhor e a pensar saídas e novas perspectivas para transformação da nossa sociedade. Organização: Carla Curty (UFRJ); Jaime Ernesto León (UFRJ). Chamada: até 31 de outubro de 2024. Publicação: janeiro de 2025. Submissões e diretrizes: http://www.cadernosdodesenvolvimento.org.br/ojs-2.4.8/index.php/cdes/about/submissions#onlineSubmissions Os Cadernos do Desenvolvimento também aceitam contribuições em fluxo contínuo, tema livre, para as seções de artigos livres e resenhas. |
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Publicado: 2024-07-15 | Mais... |
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