Intérpretes do pensamento desenvolvimentista

Authors

  • General Joubert de Oliveira Brízida O General de Exército Joubert de Oliveira Brízida é natural do Rio de Janeiro. Sua carreira militar iniciou no dia 1º de março de 1952, quando foi matriculado na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). Foi declarado aspirante a oficial da arma de Artilharia em maio de 1954. Além do curso de formação realizado na AMAN, cursou também o Instituto Militar de Engenharia (IME), a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO), Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e Escola Superior de Guerra (ESG). É paraquedista militar. Fez os seguintes cursos: Básico de Paraquedismo; Mestre de Salto; Precursor Paraquedista e Operações Especiais Aeroterrestres (USA). Ao regressar dos Estados Unidos, como pioneiro, implantou no Brasil o curso de Operações Especiais. Cursou também no exterior o Curso de Sobrevivência na Selva (Fort Sherman – EUA) e o Curso Avançado de Comunicações (Fort Monmouth – USA). Além dos cursos militares, realizou o Curso de Analista e Programador de Computadores Eletrônicos Digitais, na Escola Nacional de Ciências Estatísticas – RJ. Como oficial superior, da arma de Comunicações, foi instrutor chefe da Escola de Comunicações, chefe do Serviço de Comunicações do Gabinete da Presidência da República (no governo Médici), membro da Secretaria-Geral do Conselho de Segurança Nacional (no governo de João Figueiredo, de 1980 a 1982) e, ainda, Secretário de Informática da Secretaria Especial de Informática (de 1982 a 1983). Durante dois anos (1984 e 1985) esteve adido à Embaixada do Brasil na Inglaterra. De 1986 a 1987, no governo de José Sarney foi subchefe do Estado-Maior do Exército. De 1988 a 1989, diretor de Material de Comunicações e de Eletrônica e, de 1990 a 1991, comandante da 11ª Brigada de Infantaria Blindada, em Campinas. Quando promovido a general de divisão, foi diretor de Informática e vice-chefe do Estado-Maior do Exército, em Brasília, de 1991 a 1995. Como general de exército exerceu (de abril de 1995 a novembro de 1996) a função de secretário de Economia e Finanças e, de dezembro de 1997 a agosto de 1998, comandante do Comando Militar do Sudeste (CMSE), passando então para a reserva. Quando se dedicou a traduzir livros. O General Joubert Brízida possui várias condecorações civis e militares nacionais e estrangeiras.

Abstract

A entrevista com o general Joubert de Oliveira Brízida  ocorreu durante uma vinda dele ao Rio de Janeiro para assistir aos Jogos Olímpicos. Participaram da entrevista, além de mim, o senador Roberto Saturnino Braga, a jornalista Rosa Freire d’Aguiar e  o jornalista econômico José Paulo Kupfer. O general Joubert Brízida, além de uma carreira de sucesso no Exército Brasileiro, tendo alcançado a patente de general quatro estrelas, contribuiu de forma relevante, como engenheiro de comunicações, na modernização do setor de comunicações e de processamento de dados no país.

A entrevista é uma narrativa impressionante das dificuldades de implementação de uma  política nacional de informática nos anos 1980, com o objetivo de prover o país de alguma independência para escolhas sobre o que produzir e o que importar no campo da informática. O general Joubert Brízida presidiu a Secretaria Especial de Informática no período 1982-83 e teve papel decisivo na aprovação da Lei de Informática em 1984. Esta é a primeira vez que o general fala sobre a política de tecnologia nos anos 1970 e 1980. Seu relato, portanto, torna-se leitura obrigatória para todos os estudiosos do desenvolvimento econômico e tecnológico em nosso país.

Poder divulgar a entrevista do general Joubert Brízida nos Cadernos do Desenvolvimento, em um momento em que o país se vê mergulhado em uma crise econômica sem precedentes e com um horizonte de recuperação muito incerto, é um convite à reflexão sobre que caminhos queremos trilhar para desenvolver nosso país. Neste sentido é um privilégio trazer aos leitores dos Cadernos do Desenvolvimento esta entrevista que nos remete a um período recente de nossa história, quando havia clareza de que a única saída para o crescimento econômico robusto e sustentável estava na busca por autonomia na gestão da política econômica.

Carmem Feijó
Editora

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Published

2016-12-12

How to Cite

Brízida, G. J. de O. (2016). Intérpretes do pensamento desenvolvimentista. Cadernos Do Desenvolvimento, 11(19), 204–219. Retrieved from https://www.cadernosdodesenvolvimento.org.br/cdes/article/view/13

Issue

Section

Entrevistas