O Nordeste que dá certo

Autores

  • Jair do Amaral Filho Universidade Federal do Ceará

Resumo

Este artigo pretende oferecer uma contribuição para o debate em torno da questão do crescimento da economia nordestina em anos recentes. Com este objetivo ele argumenta que, a despeito da importância das estruturas historicamente criadas na região e dos projetos estruturantes mais recentes, a chave para se entender o bom desempenho econômico nordestino está em dois elementos, a saber: (i) efetividade do princípio federalista da “solidariedade regional”; e (ii) efetividade da política de “coesão social”.  O primeiro emergiu do “pacto federativo” construído ao longo das várias reformas constitucionais; o segundo foi desmembrado do “pacto social” produzido pela Constituição de 1988. A abordagem que orienta o trabalho é institucionalista. Procura-se, por essa via, mostrar a natureza e a trajetória das mudanças institucionais responsáveis pela montagem da arquitetura institucional que permitiu à Região Nordeste se beneficiar de grandes volumes de transferências financeiras federais.

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Biografia do Autor

Jair do Amaral Filho, Universidade Federal do Ceará

Professor titular de desenvolvimento econômico do departamento de teoria econômica da Universidade Federal do Ceará, sendo também pesquisador do Centro de Pós-Graduação em Economia (CAEN) da mesma universidade. É coordenador do grupo de pesquisa “Região, Indústria e Competitividade-RIC”, membro da RedeSist. Seus interesses na área econômica se concentram em Brasil, Nordeste, Ceará, desenvolvimento econômico, desenvolvimento local e regional, arranjos e sistemas produtivos locais, política econômica, federalismo fiscal e estado.

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Publicado

2018-05-25

Como Citar

Amaral Filho, J. do. (2018). O Nordeste que dá certo. Cadernos Do Desenvolvimento, 5(7), 55–83. Recuperado de https://www.cadernosdodesenvolvimento.org.br/cdes/article/view/268

Edição

Seção

Mesa 2 - O Nordeste que dá certo