O novo-desenvolvimentismo e seus críticos

Autores

  • José Luis Oreiro Professor do Instituto de Economia da UFRJ, Pesquisador Nível IB do CNPq, Pesquisador Associado do Centro de Estudos do Novo-Desenvolvimentismo da FGV-SP e Ex-Presidente da Associação Keynesiana Brasileira. E-mail: jose.oreiro@ie.ufrj.br.
  • Nelson Marconi Professor da EESP-FGV, Coordenador do Centro de Estudos do Novo-Desenvolvimentismo da FGV-SP, Coordenador do Fórum de Economia da Escola de Economia de São Paulo e Presidente da Associação Keynesiana Brasileira. E-mail: nelson.marconi@fgv.br.

Resumo

Este artigo tem por objetivo fazer uma apresentação sistemática e detalhada dos princípios teóricos e das proposições de política econômica da escola novo-desenvolvimentista brasileira, fundada a partir do assim chamado Consenso de São Paulo, expressão criada pelo economista francês Robert Boyer no Prefácio ao livro Globalização e Competição de Luiz Carlos Bresser-Pereira. Com base nessa exposição fazemos uma demarcação das diferenças entre essa escola e o pensamento liberal brasileiro, o qual é denominado neste artigo de modelo liberal dependente de poupança externa; bem como com respeito ao social-desenvolvimentismo, originado a partir de uma versão vulgar do Keynesianismo. Argumentaremos que a política macroeconômica do governo Dilma Rouseff (2011-2016) foi diretamente inspirada pelas ideias da escola social-desenvolvimentista, razão pela qual o fracasso do governo Dilma no que se refere à administração da economia não pode ser atribuído à escola novo-desenvolvimentista. Por fim, argumentamos que a implantação de um projeto novo-desenvolvimentista no Brasil exige a adoção de um novo modelo macroeconômico que substitua tanto o tripé macroeconômico, criado durante o segundo mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso, como a nova matriz macroeconômica, criada durante o primeiro mandato da Presidente Dilma Rouseff. 

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Biografia do Autor

José Luis Oreiro, Professor do Instituto de Economia da UFRJ, Pesquisador Nível IB do CNPq, Pesquisador Associado do Centro de Estudos do Novo-Desenvolvimentismo da FGV-SP e Ex-Presidente da Associação Keynesiana Brasileira. E-mail: jose.oreiro@ie.ufrj.br.

Professor do Instituto de Economia da UFRJ, Pesquisador Nível IB do CNPq, Pesquisador Associado do Centro de Estudos do Novo-Desenvolvimentismo da FGV-SP e Ex-Presidente da Associação Keynesiana Brasileira. E-mail: jose.oreiro@ie.ufrj.br.

Nelson Marconi, Professor da EESP-FGV, Coordenador do Centro de Estudos do Novo-Desenvolvimentismo da FGV-SP, Coordenador do Fórum de Economia da Escola de Economia de São Paulo e Presidente da Associação Keynesiana Brasileira. E-mail: nelson.marconi@fgv.br.

Professor da EESP-FGV, Coordenador do Centro de Estudos do Novo-Desenvolvimentismo da FGV-SP, Coordenador do Fórum de Economia da Escola de Economia de São Paulo e Presidente da Associação Keynesiana Brasileira. E-mail: nelson.marconi@fgv.br

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Publicado

2016-12-12

Como Citar

Oreiro, J. L., & Marconi, N. (2016). O novo-desenvolvimentismo e seus críticos. Cadernos Do Desenvolvimento, 11(19), 167–179. Recuperado de https://www.cadernosdodesenvolvimento.org.br/cdes/article/view/10

Edição

Seção

Debate crítico: Novo Desenvolvimentismo